O auditor de controle externo Pedro Coelho Teixeira Cavalcanti, do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), palestrou sobre o potencial econômico da recuperação de Resíduos Sólidos Urbanos nesta sexta-feira (15), durante o Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas – o XX SINAOP. Hoje é o último dia do evento, que foi iniciado na segunda-feira (11), no Fundaparque, em Bento Gonçalves (RS).

Inicialmente, o auditor apresentou um quadro evolutivo que compara como os lixões foram encerrados nos municípios brasileiros e em Pernambuco entre os anos de 2014 e 2022. O Estado possuía 155 lixões em 2014 e zerou esse número em março de 2023.

Os dados da reciclagem no Brasil foram apresentados na sequência, demonstrando que quanto mais RSU são reciclados pelas organizações, maior é o seu faturamento. No entanto, 98,24% dos resíduos são produzidos e não são destinados para reciclagem todos os anos.

Existe uma hierarquia na gestão de RSU: primeiro se reduz, depois se reutiliza, recicla e se reaproveita energeticamente o resíduo. Ao fim disso tudo é que se deposita o rejeito. “Seria uma utopia pensar assim?”, questionou o palestrante.

Pedro Teixeira trouxe exemplos de como isso funciona bem em Portugal e na Suécia, comprovando que não, não se trata de algo tão fora da nossa realidade. Ele demonstrou que a produção estimada de RSU no Nordeste e em Pernambuco têm potencial de faturar, respectivamente, 10,2 bilhões e 1,6 bilhões ao ano.

Confira AQUI a íntegra dessa apresentação!

Pedro Coelho Teixeira Cavalcanti é engenheiro civil, pós-graduado em Geoprocessamento e Gestão Pública e mestrando em Políticas Públicas.