Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas

O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Raoni Rajão, falou da importância do estudo de viabilidade econômica e ambiental como ferramenta de planejamento de infraestrutura de grandes obras no Brasil.

Segundo ele, existe um ciclo vicioso onde obras inviáveis são priorizadas e incluídas no planejamento, em razão de vieses como o otimismo ou a deturpação estratégica. “Autorizar obras economicamente inviáveis, muitas vezes impulsionada por decisões políticas, que ignoram estudos de viabilidade e impactos ambientais, causam perdas ainda maiores do que o superfaturamento ou desvios”, disse.

Rajão comparou como o planejamento de infraestrutura é feito em outros países e no Brasil; conceituou análise de custo e benefício e exemplificou o impacto econômico do desmatamento no país: “Quem desmata, ganha US$ 19.5 bilhões, enquanto a perda para toda a produção de soja e carne é de US$ 185.6 bilhões. É uma verdadeira privatização dos lucros e socialização dos prejuízos”, informou.

Ele fez recomendações para melhorar o processo, como a necessidade de avaliações de viabilidade independentes e a internalização dos custos ambientais. “Priorizar é crucial para melhorar eficiência dos investimentos públicos”, alertou e concluiu: “Obras sem viabilidade econômica e ambiental, para atender interesse político também é corrupção”.

Clique AQUI e confira a íntegra dessa apresentação!

Back to Top