A programação técnica do XXI Sinaop foi iniciada, na manhã desta segunda-feira (18), com a oferta de seis minicursos aos participantes do evento na sede da Escola de Contas do TCE-AM, em Manaus. Dois deles – “Modelagem da Informação da Construção (BIM) nos processos de auditoria de obras e serviços de engenharia” e “DNIT 031/2024-ES: O que muda na execução do CAUQ?” – foram moderados pelo diretor do Ibraop, Arthur de Oliveira Viana Neto (TCE-AC).
Ministrado pelos auditores de controle externo Fernando Morini (TCM-SP) e Cleiton Matos (TCU), a primeira aula esclareceu o que é (e o que não é) a metodologia BIM. “Não se trata de um software”, explicou Fernando. “BIM é um conjunto de metodologias, tecnologias e normas que permitem projetar, construir e operar uma edificação ou infraestrutura de maneira colaborativa num espaço virtual”, disse. Melhorias de visualização, de comunicação, de rastreabilidade e da gestão dos ativos são algumas das vantagens dessa metodologia, que ainda minimiza os erros no projeto e, consequentemente, promove a economia de tempo e dinheiro.
De acordo com os facilitadores, os auditores que atuam nas áreas de engenharia e de arquitetura dos Tribunais de Conta precisam se capacitar imediatamente. Isso porque a Nova Lei de Licitações e Contratos com a Administração Pública — a Lei nº 14.133/2021, Art 19, § 3º — estabelece que o BIM deverá ser preferencialmente adotado nas licitações de obras e serviços de engenharia e arquitetura. O Ibraop, inclusive, já editou a Nota Técnica IBR 01/2025, que versa sobre a adoção da modelagem BIM nas auditorias, com essa recomendação.
O curso foi encerrado pelo engenheiro e auditor federal Cleiton Matos, que apresentou cases e boas práticas de utilização da modelagem BIM em obras públicas brasileiras, além de diversos acórdãos do TCU para exemplicar como a metodologia está sendo tratada em processos julgados pelo colegiado da Corte Federal.
Confira a íntegra dessa apresentação AQUI!
Já a aula ministrada pelo consultor da New Roads Consultoria, Elci Pessoa Júnior, foi iniciada com uma comparação entre as normas DNIT 031/2006-ES e DNIT 031/2024-ES, ambas editadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
Elci detalhou as principais mudanças na execução do Concreto Asfáltico Usinado a Quente (CAUQ), especificando novos requisitos para usinas de asfalto, como componentes essenciais, armazenamento e pesagem de materiais, e sistemas de injeção de ligante asfáltico. Além disso, segundo o consultor, a norma introduz uma nova faixa granulométrica para as misturas e atualiza a relação entre espessura da camada e diâmetro do agregado.
“As mudanças também incluem ajustes no controle tecnológico, com a adição de novos ensaios e critérios de desempenho, como a relação filler/asfalto, o ensaio de dano por umidade, e a medição de deformação permanente e fadiga, visando melhorar a durabilidade e a qualidade dos pavimentos asfálticos”, concluiu.
Clique AQUI e confira a íntegra dessa apresentação!