O diretor de Comunicação do Ibraop, Fernando Morini (TCMSP), foi um dos palestrantes do Seminário Aplicação da Tecnologia BIM em Obras Públicas, que contou com a participação de mais de 250 profissionais de Engenharia, Arquitetura e Construção Civil interessados em se aperfeiçoar na aplicação da Modelagem da Informação da Construção (ou Building Information Modeling).
O evento, realizado pelo Tribunal de Contas do Município de São Paulo nesta quinta-feira (24), trouxe especialistas do setor público, privado e de entidades de classe, que expuseram casos e provocaram reflexões necessárias ao desenvolvimento e à popularização do processo.
Morini iniciou sua participação no segundo painel agradecendo a iniciativa do presidente do TCMSP, o conselheiro Domingos Dissei, e aos servidores do seu gabinete, pela organização do evento, além da presidente do Ibraop, pelo apoio.
De acordo com ele, o BIM representa a oportunidade de vencer desafios antigos da construção civil, como a fragmentação de projetos, excesso de aditivos e atrasos em obras públicas. Isso porque a ferramenta não só permite que os engenheiros trabalhem em conjunto, como antecipa os custos das obras e atua, essencialmente, no planejamento, inclusive dos prazos.
“A maturidade na implementação da modelagem passa pela experiência. Os CEUs [Centros Educacionais Unificados de São Paulo] poderiam ser usados como projetos piloto de aplicação de BIM em manutenção, por exemplo. Vamos fazer simulações de contenção de encostas e canalização de córregos”, propôs.
Os procedimentos de auditoria já elaborados pelo Ibraop sobre estudos preliminares, anteprojeto, projeto básico e executivo foram citados pelo diretor do Instituto que enfatizou: o BIM resume essas e outras fases das obras públicas.
Sua fala foi concluída com a apresentação de desafios propostos para os auditores do TCMSP. Morini — que também coordena o grupo de trabalho do Ibraop responsável em estudar a temática BIM — entende que um plano de execução BIM deve ser criado no Tribunal, para ampliar o domínio das ferramentas e avançar na direção de o município ter seu próprio ambiente comum de dados, um CDE como o do TCE Paraná.
“Sugiro que os auditores acessem on-line, mas também auditem presencialmente os projetos contratados e desenvolvidos em BIM pela Prefeitura de São Paulo. Não tem como não colocar o ‘pé no barro’. Precisamos avaliar as soluções BIM adotadas, o estágio da implementação e os resultados alcançados”, disse.
SAIBA MAIS – O Painel 2 “Potencialidades do BIM no controle e na fiscalização de obras públicas” foi moderado pelo auditor de Controle Externo do TCMSP, Dimitri Fabrício Carvalho Rodermel. Além da apresentação de Fernando Morini, palestraram a coordenadora do LAB da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística do Paraná, Lucimara Ferreira de Lima; o vice-presidente de Arquitetura do SINAENCO, Eduardo Sampaio Nardelli; o coordenador do GT BIM do CREA-SP, Abner Rodrigo; e o auditor de Controle Externo do TCE-PA, Edson de Souza.
Edson, inclusive, enfatizou que “BIM não é um software”, mas um trabalho colaborativo que demanda seres humanos capacitados. A afirmação foi corroborada pelo conselheiro presidente do TCMSP, Domingos Dissei, durante o encerramento do evento: “Precisamos de capacitação”, disse, comprometido em preparar os gestores públicos a errarem menos e, assim, fazerem um melhor uso do dinheiro público.
O Seminário Aplicação da Tecnologia BIM em Obras Públicas foi transmitido ao vivo e pode ser assistido na íntegra AQUI, pelo canal do TCM-SP no YouTube. A Assessoria de Comunicação da Corte de Contas do Município publicou notícia, detalhando todas as apresentações AQUI.
Confira AQUI as fotos do evento no Flickr do Ibraop!