Os últimos três artigos técnicos relacionados ao tema central do evento – “Infraestrutura para um Brasil Sustentável e Integrado” – foram apresentados, na tarde desta quinta-feira (21), durante a realização do XXI Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas (SINAOP). As palestras foram moderadas pelo diretor de Eventos do Ibraop, o auditor de controle externo Júlio Uchoa Cavalcanti Neto (TCE-PB).

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“Yolo aplicado à Infraestrutura Urbana: Detecção de Fissuras em Ciclovias com o Apoio de Drones” foi o tema do estudo da docente do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Michele Tereza Marques Carvalho. O objetivo do estudo, segundo ela, “foi propor e avaliar o uso de imagens de drones combinadas com visão computacional e inteligência artificial (Yolo) para identificar automaticamente fissuras em ciclovias de pavimento rígido”.
A metodologia utilizada foi dividida em cinco etapas: coleta de dados (drones), pré-processamento de imagens, anotação das fissuras nas imagens (roboflow), treinamento dos modelos (yolo) e avaliação qualitativa e quantitativa. O estudo concluiu que o yolo é, sim, viável para detecção automática de fissuras, proporcionando inspeções mais rápidas e padronizadas.
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O auditor federal Edson Kurokawa (TCU) apresentou os resultados do artigo “Uso de Ferramentas de IA Simulando uma Auditoria Real de Análise de Dados Orçamentários de Obra de Construção Adutora”. “A intenção foi avaliar três modelos de Inteligência Artificial em sua capacidade de replicar a análise realizada por auditor humano, sinalizando potenciais irregularidades em uma situação real de auditoria de editais relacionados a um projeto de adutora”, explicou.
As IAs utilizadas para a simulação foi o ChatTCU, o Gemini 2.5 e o Deep Seek. A primeira trouxe respostas erradas nas contas matemáticas. As outras duas IAs realizaram cálculos com exatidão para diversos diâmetros testados. “As respostas do Deep Seek foram mais simples e com pouca argumentação técnica, semelhantes ao auditor humano. Já o Gemini 2.5 apresentou respostas técnicas robustas e precisas”, disse Edson, que concluiu: “Consegui um prompt satisfatório após sete tentativas. Recomendo checagens e confirmações constantes, pois as IAs apresentam respostas muito convincentes mas nem sempre exatas”.
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“Inteligência Artificial para a Infraestrutura das Cidades Amazônicas” foi o tema do trabalho apresentado consultor César Augusto Wanderley Oliveira. Ele iniciou sua fala questionando a utilidade de cidades inteligentes, sem torná-las justas e sustentáveis.
Nesse sentido, ele observou que a inteligência artificial poderia auxiliar, por exemplo, no georeferenciamento e mapeamento de vulnerabilidades intramunicipais, na priorização automatizada de politicas públicas e no planejamento urbano adaptativo. “Claro que existem limitações e desafios éticos. Devemos nos proteger contra o vazamento de informações sensíveis, estar atentos ao preconceito nas decisões automatizadas e na falta de transparência nos algoritmos.
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