Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas

XIX SINAOP: Segundo painel debate o uso da metodologia BIM nas contratações públicas

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“O BIM – Modelagem de Informação da Construção – nas contratações públicas” foi o tema em debate do segundo painel do XIX Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas, transmitido na manhã desta terça-feira (23). Quatro apresentações foram moderadas pelo diretor Financeiro Adjunto do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (Ibraop), o auditor de Controle Externo do TCE de Roraima, Aristóteles Sampaio.

O evento é virtual e gratuito, com transmissão ao vivo até o dia 26, pelo canal do YouTube do Ibraop – www.youtube.com.br/ibraoptv

O engenheiro de Projetos da Vale, Flávio Borges de Pinho Tavares, foi o primeiro a se apresentar. Ele falou do uso do BIM em projetos de infraestrutura da Vale. “O BIM não é um sistema, uma ferramenta, nem tampouco um software. É uma metodologia que visa a gestão da informação durante todo o ciclo de vida de um empreendimento”, disse. Nesse sentido, exemplificou como esses ciclos são estruturados na Vale,  detalhou as dimensões do BIM que são utilizadas na empresa (2D ao 7D) e, por fim, apresentou um projeto de infraestrutura feito na modelagem BIM e cases de realidade virtual aumentada.

O auditor Federal de Controle Externo do TCU, Cleiton Rocha de Matos, trouxe a visão geral do BIM para Tribunais de Contas em sua apresentação. Uma realidade, segundo ele, bem diferente do setor privado. “Temos um metodologia nova, revolucionária, com todo potencial. Mas esbarramos em um problema antigo: como colocar os requisitos necessários para fazer essa contratação pública?”. O auditor falou da realidade do uso da metodologia no Reino Unido, comparando com o panorama do BIM no Brasil.

A terceira apresentação do painel foi feita pelo diretor do TI Lab, o doutorando João Alberto da Motta Gaspar, que propôs um método para a realização de auditorias de modelos BIM, com premissas e diretrizes bem estabelecidas. “Mesmo que intangível, uma obra no modelo BIM é como outra qualquer. Deve ser analisada e medida a partir de processos e critérios análogos aos utilizados em medições de obras tangíveis”, frisou e concluiu: “Espero que esse método possa ser útil para ampliar o acesso ao conhecimento e diminuir resistências a respeito da adoção do BIM por aqueles que tomam decisões de alto nível em processos de contratação, execução e monitoramento de projetos e obras”.

Considerada uma oportunidade de sanar problemas antigos apontados nas auditorias de execução das obras, a metodologia BIM para o controle externo foi tema da apresentação da auditora do TCE-ES, Ana Emília Thomaz, a ultima desse painel. Ela falou sobre as possibilidades e desafios desta modelagem de informação da construção, trazendo exemplos de demandas do BIM para as fiscalizações. “Tornar o simples complicado é fácil. Tornar o complicado simples, isto é criatividade!”, disse a mestre em engenharia ao citar Charles Mingus, e completou: “O BIM tem que ser inclusivo, porque traz benefícios às obras. Queremos que esses benefícios não sejam restritos a poucos municípios. […] Também é papel dos Tribunais de Contas orientar, prevenir, avaliar e contribuir com a implementação do BIM”.

Clique AQUI para assistir ao vídeo do segundo painel!

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