A orçamentação de obras rodoviárias foi tema de minicurso ministrado pelo engenheiro Elci Pessoa Júnior durante o Encontro Técnico Nacional de Obras Públicas (Enaop), que está sendo realizado em Goiânia, com promoção do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO). Ele explicou que orçamento não é o custo da obra, mas uma estimativa do que será o custo.

Elci Pessoa detalhou a implementação do Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro), proposto pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT). O Sicro, conforme o palestrante, “apresenta parâmetros médios referenciais, possui caráter genérico e abrangente, sendo indispensável o trabalho do orçamentista para dar tratamento, verificar e adequar esses referenciais para cada caso específico, com as particularidades da obra que se deseja orçar”.

A título de exemplo, o engenheiro observou que obras semelhantes realizadas em cidades como Ilhéus, no litoral da Bahia, e Barreiras, na divisa com Goiás, ainda que no mesmo estado, não podem ter análise igual do ponto de vista do orçamento, dadas as peculiaridades de cada uma. Segundo explicou, enquanto em Barreiras chove no máximo 30 dias no ano, na cidade litorânea o período chuvoso é bastante longo, o que, certamente influencia no resultado do orçamento.

Durante o minicurso, Elci explicou rapidamente como são todas as fases da orçamentação, detalhando a de produção das equipes mecânicas.

O palestrante é técnico de Inspeção de Obras Públicas do TCE-PE, e diretor técnico do Ibraop. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em infraestrutura de transportes.